Fazenda Barra de Mangaraí

Grupo:Larissa e Thayslane
Série: 3° M01

Sua história começa em 1813, tendo hoje mais de 200 anos. 

A fazenda de barra do Mangaraí é um lugar que esconde muitos segredos e culturas. Ela conseguiu sobreviver ao tempo e se manter erguida para às futuras gerações.

Por ela passaram desde escravos, tenentes, senhores de terras, imigrantes e até o primeiro governador do estado do Espírito Santo nasceu lá. Vários tipos de comércios e criações de animais, tudo isso está guardado em suas grandes paredes de pedra.

Localização:

Comunidade de Barra do Mangaraí, área não urbana, localizada na Rodovia ES-080, sentido Cariacica.

Estrutura:

A Construção de dois pavimentos de planta quadrada. Na fachada principal três porta de madeira, em cima cinco janelas em duas folhas. Sua estrutura é feita de madeira e pedras, fruto de trabalho escravo.

História:

Esta fazenda Barra do Mangaraí teve origem das sesmarias do tenente Francisco José de Barros Lima em 1813, confirmada em 1816. A fazenda teve seus dias de glória com o engenho, onde se fabricava a cachaça Mangaba e também se plantava arroz e feijão. Como em praticamente todo o país na época, o trabalho era feito com mão de obra escrava. O casarão da fazenda segue o modelo dos demais do Brasil Colônia possuindo uma sala onde eram realizados os açoites aos "escravos rebeldes".

Nas primeiras décadas do século passado a fazenda foi comprada pelo Sr. Antonio Hegner, descendentes de imigrantes alemães. Em 1972 foi adquirida pelo Sr. Milton Corteletti, descendente de imigrantes italianos, a qual acabou como engenho de cachaça e passou a cultivar hortigranjeiros. Do antigo engenho restam os pilares do aqueduto de aguardente. Com o falecimento do Sr. Milton Corteletti a fazenda continuou em posse da família com o Sr. Milton Corteletti Filho que começou a trabalhar com granjas, a produção chegou a ter setenta mil aves. Foi quando foram trazidas famílias para trabalhar nas granjas e cada uma recebeu um lote para morar, dando origem a vila.

Em 1992 foi adquirida por Antônio José Possatti, o qual soube explorar o turismo na região, com opções de lazer e pesque pague, passeio ecológico comidas caseiras e visita ao casarão.

Hoje a fazenda pertence ao Sr. Luis Fernando Zobole, onde atualmente se tem o projeto de piscicultura com tilápias.

Curiosidades:

⦁ O cartório de registros da sede do município de Santa Leopoldina ainda possui registros de compra e venda de escravos, óbito dos escravos, cartas de alforria e também registros de holandeses, alemães, austríacos e testamentos. Herdados do antigo cartório de Barra do Mangaraí.

⦁ A "pedra do sino" como é popularmente conhecida, faz parte da história da comunidade. É uma formação rochosa com entrada para uma gruta, perto da vila barra do mangaraí. Conta a história que na época dos escravos, o local é encoberto por uma densa floresta,e na época foi escolhido para castigar os escravos.

⦁ Há quem diga que o casarão possui um tesouro escondido nele.

⦁ A escola da comunidade recebeu o nome Milton Corteletti em homenagem a um dos antigos proprietários da fazenda.

Entrevista/ depoimento:

⦁ Maria Rita de Andrade Eller (Responsável por cuidar da fazenda e moradora)

"Por não desenpenhar o trabalho que os patrões colocavam para eles, eles eram castigados. Eu acredito que tanto mulheres quanto homens seriam castigados.

Aí foi construído por meio de Pedras. Pedras sobre pedras. Então na senzala você pode ir e conferir que a moldura do Casarão toda foi feita de pedra tem um Reboco só para reforçar mais as paredes.

Então depois de um tempo o casarão quasse caiu, e teve uma reforma para poder dar uma firmeza nele novamente, e assim foi. Mas tem uns antigos que falam que aqui era uma fazenda que cultivava café, hortigranjeiro, foi granja de galinha com ovos, verduras e outras coisas.

Quando eu vim para cá a 9 anos atrás, já não existia mais café nem hortigranjeiros e começamos a mexer com peixe, hoje (09/08/2017) está fazendo 9 anos que a gente abriu esse processamento, essa unidade de processamento. Há dez anos se iniciou esse projeto piscicultura que a gente mexe com a tilápia; desenvolvendo esse projeto para a população."

"(...) Hoje ela é menor, mas na época chegava a quase Santa Leopoldina. Muito grande (...)".

"(...) Hoje a gente não tem quase nenhum acesso aos materiais que os escravos usavam. O tronco tinha sido cortado, muita coisa foi destruída então descaracterizou muito a Fazenda". (...) Eu acho um absurdo, porque hoje são poucos que a gente ver (...).

"(...) O Governador do Estado, Afonso Cláudio, nasceu aqui em 1859. Tem uma placa na frente, o nome Casarão Afonso Cláudio (...)".

⦁ Dona Acendina (antiga moradora):

"Tinha muitas granjas, não tinha molde de casas bodas de madeira. Não tinha nada só, casinha de madeira à horta o valão (...)".

"(...) Trabalhei com carvão muitos anos. Pegava aquela sacola com carvão e subia a escada com o balaio de carvão nas costas e virava lá em cima. Hoje em dia vai Dona Dina fazer essas coisas?!"

"(...) Depois que o dono da fazenda morreu foi tudo a falência".

"(...) O finado Ivan queria derrubar o casarão (...)".

"(...) E quando eu vim para cá, para essa Fazenda, meus filhos eram pequenos. Trabalhava nos fornos de carvão e roçava os pastos. Depois o gerente tirou eu para trabalhar nas granjas. Aqui tinha muita gente trabalhando nessa Fazenda."

"(...) Era pedra e Barro eles que deram uma reforma (...)".


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